SOMOS TODOS IGUAIS? (ENSINO RELIGIOSO 5º ANO A e B)

10/03/2016 22:07

Escola Antonina Waldevino dos Santos

Professor: Leonardo Silva

Disciplina: Ensino Religioso 5º ano A e B - 2016

Artigo sobre o respeito à dignidade humana

 

Somos todos iguais?

Uma rápida leitura da constituição brasileira mostra o quanto somos iguais em direitos e deveres, mesmo vivendo num país continental e de influências culturais variadas e ricas. No cotidiano, porém, os preceitos constitucionais nem sempre são respeitados, nem colocados em prática.

A pessoa como ser vivo é mais que uma simples realidade biológica. Ela é definida por uma inserção social, marcada por influências e determinantes culturais, por valores e contravalores...  As sociedades, ao longo de sua história, movem-se em base de preconceitos sociais, raciais, religiosos e políticos, dificultando, muitas vezes, o respeito às diferenças e à integração necessária ao desenvolvimento do ser humano.

Diferença, não desigualdade

Importa estabelecer aqui uma definição clara que pode nos ajudar a entender melhor os processos sócio-históricos e suas complicações. As diferenças são naturais porque providenciadas pela natureza; nem todos são magros, altos, brancos. Mas as desigualdades sempre são fruto da ação humana. Alguém nasce e vive pobre em função de uma estrutura que gera esse fenômeno. O erro está em invocar as diferenças como justificativa das desigualdades socioeconômicas, base da sociedade de classes, e em perpetuar as estruturas geradoras das desigualdades.

O ser humano não pode ser concebido como mero indivíduo, apesar de sua peculiaridade genética. É também cidadão que integra uma coletividade, regida por preceitos ético-morais, que implicam na aceitação de regras e valores. O resultado desse processo vai configurando pessoas social, econômica, cultural e até religiosamente integradas. A razão abstrata muito nos diferencia em relação aos demais seres vivos do planeta e precisamos usar esta capacidade para elaborar o que constitui o tipicamente humano, a partir do que já dizia Sócrates no século 4 a.C.: “conhece-te a ti mesmo”. Estes universais mínimos não só qualificam nossas individualidades, mas também nos fazem crescer no espírito comunitário. É o caminho que nos torna mais pessoa, indivíduo, cidadão. Ainda, quanto mais convivemos com os demais seres, que também habitam nosso planeta, tanto mais humanizamos.

Pessoa, o valor supremo

Somos iguais! As diferentes raças humanas são, na verdade, rótulos superficiais - uma diferença para justificar possíveis desigualdades - uma vez que, segundo a teoria evolucionista, viemos do macaco, ou então, segundo a fé cristã, Deus criou o ser humano, tendo como protótipos Adão e Eva. Os motivos pelos quais nos diferenciamos uns dos outros devem-se a diferenças ambientais, naturais, culturais, religiosas... A essência humana é a mesma para todos.

Na visão cristã, a questão da igualdade, desde um ponto de vista religioso, começa no batismo. Esse sacramento nos torna filhos do mesmo Deus Uno e Trino sem, no entanto, negar as diferenças individuais, enfatizando a dimensão comunitária como forma de viver a plenitude humana. Embora os cristãos compreendam que exercem diferentes papéis na comunidade com o mesmo fim, nem sempre entendem que este fator não pode ser gerador de desigualdades, preconceitos ou discriminações.

Para Kant, a pessoa é um valor supremo. Não é objeto, não tem preço, não pode ser trocada por outro objeto, nem utilizada como meio para alcançar qualquer fim. A dignidade humana exige o respeito incondicional de todos, indistintamente. O dever do respeito aplica-se a todos os seres humanos, sem exceção. Como ser livre e consciente, o ser humano existe de forma absoluta. Nesta perspectiva, é inaceitável qualquer tipo de humilhação e desvalorização do outro.

                                                                                                                        Texto publicado no jornal Mundo Jovem, edição nº 394, março de 2009, página 10.

SOMOS TODOS IGUAIS


Somos todos iguais, não importa raça, cor condições sociais, somos todos iguais.

Temos cabeça, tronco e membros. Somos corpo, alma e espírito.

Somos criados a imagem de Deus, o criador.

Somos todos iguais, nascemos, vivemos e morremos.

Quando nascemos, somos abençoados com a vida, porque nascemos.

A medida que crescemos somos forjados, estudando, aprendendo e ensinando.

Enquanto crescemos nossa alma, nossas mentes, nossas emoções também crescem.

Desenvolvemos nossos sentimentos e alguns são bons e outros nem tanto assim, são maus.

Alguns mais, outros menos. No entanto somos todos iguais.

Temos emoções, intelectos e vontades, nisto desenvolvemos nossas personalidades.

E uma personalidade possui caráter, alguns são bons e outros são ruins.

As vezes queremos ser o que não somos. Às vezes desejamos ter o que não temos. Às vezes o baixinho deseja ser um pouco maior, o branco quer ser moreno, e o moreno ser branco, o gordinho, ser magrinho e o magrinho um pouco mais gordinho.

Afinal pensamos e as vezes agimos assim. Mas, no entanto somos todos iguais.

Algumas vezes agimos diferentes e queremos ser diferentes. Em certo sentido somos diferentes, os dedos das mãos não são iguais. Sendo assim somos único neste imenso universo, mas no entanto embora sendo diferentes em sentimentos, cores raças, aparências, no fundo somos todos iguais como gente, como personalidade que tem sentimentos e vontade próprias.

Somos todos iguais porque amamos e queremos ser amados.

Somos todos iguais, porque do pó da terra fomos criados e ao pó voltaremos.

Não adianta querermos ser mais que uns aos outros e nem menores que uns aos outros. Porque a chuva cai igual para todos. O sol nasce para todos.

Embora vivam num mundo onde o rico é mais privilegiado e muitas vezes levam mais vantagem do que o pobre, mas para onde vai o rico na sepultura, o pobre também vai. Tanto o rico, como o pobre, Deus sabe de cada um perante seus olhos e dará conta para cada um segundo seu testemunho.
Aquilo que o homem semear nesta vida, e aquilo que ele deverá colher. Embora o adágio popular diz: "Aqui se faz, aqui se paga", possa ter um fundo de verdade, temos uma escolha e a vida depende desta escolha. Temos o nosso livre arbítrio de escolha. E cada um escolhe o caminho que deseja trilhar, sua religião, seu modo de pensar e agir.

Escolhemos com quem casar, com quem queremos viver e assim por diante.

Mas a vida depende de nossas escolhas. E esta escolha que define o que somos realmente.

Mas diante de Deus somos todos iguais. Para Deus não existe ninguém melhor ou pior. Ele não faz acepção de pessoas. Não são nossas ações, ou boas obras que nos tornará melhor ou pior diante de Deus.

Mas pelo fato de que somos justificados, por seu Filho que morreu por nós.

E somente pelo poder do sangue de Jesus derramado na cruz, que nos justifica e nos justificará diante de Deus.

O que nos importa não é o queremos ser, nem pior e nem melhor que uns aos outros, mas sim o sermos todos iguais diante de Deus.

Se formos todos iguais, então não precisam de mais nada. Afinal somos todos iguais, isso em condições sociais, "embora uns possuam mais, outros menos”, mas somos iguais socialmente. Podemos ter raças diferentes, mas o que somos aqui lá no outro lado do mundo do mesmo modo são iguais. Somos humanos dotados de inteligência, de vontade própria, de emoções. É isto que nos tornam em sermos iguais e nada mais...

 

Por: Agenivaldo Almeida Silva

Fontes pesquisadas em 08/03/2016

https://www.paralerepensar.com.br/paralerepensar/texto.php?id_publicacao=17127

https://www.mundojovem.com.br/artigos/somos-todos-iguais